Minhas coisas costumam durar muito. Como eu não tinha muitos recursos quando criança, se eu ganhasse algo, eu cuidava daquilo, pois se eu perdesse, ou quebrasse, ficaria sem. E este jeito conservador me acompanha até hoje. Por isso só agora, depois de muito tempo, comecei a “trocar” as coisas em casa, pois já estão virando pó.
Nessa empreitada, que durará, creio eu, o ano todo, me surpreendi com o preço das coisas atualmente! Está tudo muito caro. Isso eu falo das coisas que podem durar, pois há no mercado muitas coisas baratas e descartáveis. Não quero adquirir algo que precise ser substituído com pouco tempo, é desperdício de dinheiro, tempo e esforço. Quero algo de valor. Foi pensando assim que lembrei: existem coisas que realmente tem valor e outras que só tem preço.
O que tem preço pode ser comprado com dinheiro (muito ou pouco), e há também o que tem valor. Por exemplo, um par de chuteiras tem preço, agora, jogar com os amigos, isso não tem preço. Uma boa quantia compra uma boa motocicleta, mas o espírito biker, não. Fidelidade se compra? A consciência tem preço? Quanto vale a liberdade? Quanto custa um verdadeiro sorriso? Você trocaria o acordar amanhã por quanto? São coisas que não tem preço que fazem a vida ter valor.
Nesse meu devaneio, me recordei de um abraço que recebi no Natal passado, um abraço que não veio acompanhado de palavras, mas que expressava o mais profundo “Eu te amo”. Foi um momento imensurável. É disso que eu estou falando…
(Em homenagem ao meu Marido, meus filhos, meus amigos e ao Sr. Luiz Carlos -Kaki- e a Baylei)
Forte abraço.
Diana Flávia